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quinta-feira, 23 de abril de 2015

Já que é Dia Mundial do Livro...

1ª Regra: Não emprestar livros a ninguém. Cometi esse erro mais do que uma vez na vida. Os livros não se emprestam porque nunca são devolvidos. 

2ª Regra: Não achar que um livro é coisa de uma vez só. Um livro pode ler-se mais do que uma vez. Há livros que se devem ler mais do que uma vez. 

3ª Regra: Não julgar aqueles que não gostam dos mesmos livros que nós.




Vejo um livro como um amigo e nem todos gostamos dos mesmos amigos. Nem todos nos interessamos pelos mesmos amigos. Nem todos nos cativamos com os mesmos amigos. Acontece o mesmo com os livros.

Ainda assim, hoje como é Dia Mundial do Livro deixo-vos as minhas sugestões. Sem conseguir escolher o melhor livro que já lá na vida. Isso é tarefa impossível. Também não conseguimos escolher o melhor amigo que já passou na nossa vida. Temos os nossos preferidos, claro. Mas não podemos escolher só um. Lá está, um livro é como um amigo.

(aproveito para acrescentar que sou leitora compulsiva. não leio mais quando não posso! adoro ler e adoro, ao mesmo tempo que odeio, chegar à última página de um livro, bem como começar um outro novo. já li muito na minha vida e tenho pena que algumas histórias se tenham perdido nas memórias do tempo. é por isso que não se empresta livros a ninguém.)

Falo, então, dos que me recordo melhor ou, se calhar, os que me marcaram mais:



  • O principezinho: este é daqueles que é quase obrigatório reler. Até porque nos vai interessar de formas diferentes ao longo da vida. A primeira vez que o li, ainda muito miúda, identifiquei-me com a personagem (porque raio os adultos não nos entendem?). Na segunda vez, identifiquei-me com o autor e guardei todas aquelas máximas que eles nos vai oferecendo ao longo do livro como máximas para a vida. Ainda bem que o fiz! 

  • Diário de Anne Frank: não consigo lembrar-me quem me ofereceu este livro, era eu ainda pequenina. Mas obrigada pelo murro no estômago. Não há idade para ler a Anne Frank. Qualquer idade é boa para ler um livro que (acho eu) é tão bonito quanto necessário. Já escrevia diários antes de ler Anne Frank. Passei a escrevê-los com mais vontade e acho que é por isso que hoje ainda escrevo (não diários, mas uma espécie de blog, que é quase a mesma coisa)


  • Diário da tua ausência: parece quase crime colocar um diário à beira do outro. Mas este tipo de diários também nos faz falta. A mim fez-me falta e ajudou-me a ultrapassar aquela fase em que achamos que podemos morrer de amor. Não podemos! Mas primeiro temos que ultrapassar essa fase. 
  • Cem anos de solidão: construí a árvore genealógica da família enquanto lia o livro. Não foi esta versão que li, mas uma mais antiga. E deliciei-me com a história. Como a comecei a ler por um acaso soube ainda melhor perceber que era tão boa!
  • A viagem do elefante: José Saramago tem muito melhor. É certo. Mas sabiam que ele podia escrever sobre a ligação entre um ser humano e um elefante? Quase como um animal de estimação, quando na altura não existiam animais de estimação. Eu não sabia e fiquei maravilhada!

  • Um dia: é uma história de amor sem o demonstrar de forma evidente. É romance sem parecer que seja, sem os floreados, as palavras bonitas. No fundo, quase como são as histórias de amor no dia a dia. Diz o The Times e digo-o eu: um livro simplesmente maravilhoso.
  • Seis suspeitos: comprei este livro porque o autor é o mesmo do "Quem quer ser bilionário" (sou uma fã do filme sem nunca ter lido o livro). E nunca me arrependi. É daqueles que nos prende do início ao fim. Não pela escrita soberba, mas porque queremos saber sempre mais. Um bom livro não é isso mesmo ?
  • 19 minutos: uma história que nos envolve, que nos faz desejar estar lá e interagir com as personagens. E que nos surpreende a cada novo capítulo. Que boa surpresa foi comprar este livro sem fazer ideia do que se tratava.


  • A saga da Guerra dos Tronos e do Harry Potter: poder entrar no mundo da imaginação através de um livro é uma dádiva que devemos aceitar, seja em que idade for. 

  • Equador: este é um livro que me marcou, sobretudo, pelo contexto. Li-o numa viagem que fiz a São Tomé e Príncipe e foi como se estivesse a viver toda a descrição que vai sendo feita da ilha ao longo do livro. O clima, a natureza, as paisagens, as pessoas. Tudo era tão fictício e tão real ao mesmo tempo. Foi uma experiência fantástica. Não esqueço o livro porque o associo à melhor viagem que fiz na minha vida e só por isso é o último de que vos falo. Porque, como já disse, não é possível escolher o melhor livro que já se leu. Um livro é como um amigo!

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