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quinta-feira, 23 de julho de 2015

Isto de viver na Praça das Flores #1

Tenho uma vizinha com um filho chamado Manel. E eu que sempre gostei do nome Manel para um filho começo a ter as minhas dúvidas. É isto quase todos os dias: "Manel para quieto; Manel não faças isso; Manel come; Manel não bebas isso; Manel cuidado; Manel vais apanhar!" Qualquer dia passa a irritar-me tanto ouvir nome Manel como a publicidade do IVA. Ainda não está lá, mas quase. Depois, há o vizinho do cão. Eu adoro cães e respeito-os: se o bicho tem saudades dos donos, é normal que ladre quando eles não estão e ladre ainda mais quando eles chegam. O pior não é o cão (o Tigre), mas sim o amigo do cão que o visita algumas vezes e que tem um daqueles donos que desejam que o seu cão seja o mais educado do mundo, até que não é. Então é ouvi-lo: "Rui, senta; Rui, não ladres; Rui, anda cá; Rui, não faças isso; Rui, vais apanhar." E quando estou quase irritada de ouvir tantos sermões penso que ainda bem que é assim. Vivo num prédio onde as paredes têm ouvidos e tenho a sorte de ser isto o que se ouve: um cão pequeno que é como uma criança e um dono prendado que é como um pai e quase vice-versa. Moro num sítio maravilhoso, mesmo quando estou quase, quase a ficar irritada! 


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