Nas duas semanas que passaram trabalhei sem descanso. Meio por opção, meio por obrigação, acabou por ser assim! Fiz tudo o que tinha para fazer. Muitas vezes com menos tempo do que gostaria, mas com a mesma dedicação. Há muito que tenho esta máxima: o que faço, faço com empenho. Nem sempre tão bem, mas sempre com afinco. Cheguei ao final das duas semanas mais cansada do que esperava. E depois, uma viagem de duas horas e meia/três horas (eu que sou de conduzir devagarinho) até ao Porto de carro, porque os planos do fim de semana assim o exigiam. E ainda por cima um regresso (forçado) marcado para as duas da tarde de domingo com trabalho (ainda) pela frente. Não é fácil, o tempo que já é pouco, torna-se menor quando fazemos o que gostamos e pelo qual tanto ansiamos. Queria mais! Mas quando chego à Senhora da Hora e não ao Porto (até porque há fins de semana em que nem vejo o Porto) tudo vale a pena e mesmo o pouco tempo é o suficiente para regressar nova. É o cheiro que é diferente, o próprio ambiente. É o meu corpo que se modifica e descontrai, antes mesmo da alma. Conheço aqueles caminhos quase tão bem como me conheço a mim mesma e as paragens, as saídas, as voltas. O Príncipe Real é mais bonito do que a Senhora da Hora. Mas nunca poderá ser o melhor sítio do mundo para viver. Mais nenhum pode ser! Só pode ser o meu sítio favorito no mundo para viver, um sítio onde me sinta em casa: o sítio que me viu nascer, crescer e ir embora. Mas que me recebe sempre de braços abertos, com a mesma humildade e com a mesma simplicidade que sempre me habituei a ter ao meu redor. Digo ,ainda, que é lá que tenho os meus e que isso também conta. Aliás, se conta... Mas há aqui muito mais do que pessoas a fazerem sítios. Há sítios que são por si só. Tão simples, mas tão importantes ao mesmo tempo. Tão complexos, no fundo. A Senhora da Hora é assim. Desde que era vila até agora que é cidade: o melhor sítio do mundo para viver.
SH ;)
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