Sabe quem me conhece e sei-o eu muito bem que facilmente me
adapto e me moldo a qualquer contexto. É um facto que, ao contrário de muitos
outros, sempre estudei sempre perto de casa (só por opção e não por medo de ir
para fora) e também, ao contrário de muitos outros, renunciei ao Erasmus (só
porque vivi tão intensamente a minha vida académica que não me imaginava a
afastar-me por seis meses, sequer). Ainda assim, mal me vi licenciada, saí
imediatamente da minha zona de conforto. Nunca fui para muito longe, mas já o
disse aqui e repito: 300 kms são muito mais que 300 kms se olharmos para eles
como os 300 kms que nos separam, que nos afastam, que nos fazem estar longe. E
é assim que me sinto todos os dias: longe. Não há um único dia em que não tenha
saudades de casa! Saudades da minha família, dos meus amigos, do meu namorado.
Saudades dos cães. Saudades do meu cabeleireiro e das lojas que conheço de cor.
Saudades dos restaurantes onde me recebem como cliente habitual e dos bares
onde já sabem o que costumo beber. Saudades, depois, de poder ir visitar os que
me fazem falta, desde Carrazedo a Ponte da Barca. Tenho fins-de-semana
planeados até finais de abril, numa tentativa de matar todas as saudades. E
mato-as. Mas depois volto e não há um único dia em que não tenha saudades de
casa!
Concordo!
ResponderEliminarGosto muito de estar por aqui, mas continuo a sentir me "deslocada".