O novo anúncio da Super
Bock é um murro no estômago. É natural que ao longo da vida se percam
algumas amizades: ou porque deixaram de valer a pena ou porque nunca valeram.
Isso não me entristece. Amei, de forma sincera, algumas pessoas na minha vida
que hoje não têm qualquer espaço no meu coração. Mudaram e eu mudei e este
sentimento deixou, simplesmente, de fazer sentido. Não sinto falta delas, apesar de guardar com enorme carinho todas as memórias que numa fase da minha vida me fizeram tão feliz. O que me entristece são as
amizades que se perderam porque deixámos de nos esforçar. É, mesmo, uma questão
de esforço. Não dá trabalho fazer novos amigos, dá trabalho mantê-los, cuidar
deles, preservá-los. E há alguns que mereciam mais esforço, mais sacrifícios.
Eu sou uma preguiçosa nisto da manutenção de amizades. Sempre que marco um reencontro
penso em mil desculpas diferentes para faltar. Nunca me arrependo de ir! O murro no estômago são as vezes em que fiquei em casa, por causa do "trabalho", da "família" ou porque achei que um comentário no facebook ia dar ao mesmo. Gostava de não ter falhado tantas vezes.
Quero, agora, ligar aos
meus amigos (aos que estão distantes) e “furar-lhes a agenda, arrancá-los da
rotina e das desculpas, seja a que hora for”. Estou cheia de vontade de “vestir
umas calças por cima do pijama”, “marcar um encontro no sítio do costume” e
fazer aquilo que costumávamos fazer tão bem: “nada”. Apetece-me imenso “ter
conversas que não levam a lado nenhum”, “contar as mesmas histórias de sempre”,
“estar junto” daqueles que me fazem falta. Não são muitos, não são mil. Mas são
bons. E preciso deles mais do que imaginava, mais do que eles imaginam...
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